<$BlogRSDUrl$>

sábado, janeiro 29, 2005

Noções Basilares do Meu Amor  

(mensagens encrípticas por líricas)


Se não digo “eu te amo”,
É que “te amo” é muito,
Mas é muito pouco.

Não é que te desgosto.
Não, preste atenção,
É que me sangro!

Se contigo sorrio menos,
É só porque contigo sou eu mesma
E não espasmos com elastina.

Tanto o é que sorris ao porteiro,
Todos as manhãs, minto?
E nem todo dia teu é bom-dia.

Entenda. Acima de tudo, amor,
Tenha a sabedoria para entender.
Sabe, precisamos nós dois da tua.

Quando me calo, só me calo,
Por tua causa e em teu favor,
Que minha boca é granada.
(principalmente nesse calor)

Soterre todas essas inseguranças
Com bolinhas de polietileno
E depois amarre com barbante.
(não esqueça aquela ali)

É pra ti que ganho,
É em ti que me gasto,
É por ti que suporto!

Se não te ergo estátuas,
É que estive ocupada
Erguendo-te toda manhã.
(bengala e strudel de maçã)

Minhas palavras, em vez de malditas,
Cometeram pecado bem menor, creia:
Foram, tadinhas, somente mal ditas!
(quase como falar de boca cheia)

Se não apago o que escrevo, nunca,
Ai, entenda!
Por favor,
Meu amor,
É só que nunca disse o que ouviste.

Não é implicância, nem teimosia,
Nem tudo de que me chamaste ontem.
É só meu jeito de poesia e o cheiro da maresia.
(mas eu sou mesmo tudo aquilo, não confunda)

Embora te ame ainda mais que eu mesma,
Eu nunca vou ser tudo o que gostaria de ser:
Em suma, nunca vou conseguir ser você!

Confesso meus crimes e meus erros,
Confesso mil vezes que tentei por ti,
Um samba e um quadro: lixeiro.

Não sou teu passado, nem um pedaço teu,
Desculpe, mas cometi essa infelicidade
De ter nascido assim tão ... eu!

Não ouses me agulhar assim desse jeito,
Só pra testar meu grau de devoção.
Veja o quanto dos meus joelhos há no teu chão!
(até nos cantinhos)

Olha nos meus olhos, se, com razão,
Achares que eu não vou entender.
Mesmo que incapaz, entendo por você!
(Prometo! Fale!)

Não sei como provar para ti,
Mas se te feri, juro por tudo!
Foi só porque eu não vi.
(estava distraída pensando em você)

Como naquele poema que me mostraste
Assim que te conheci:
Por vezes eu me rasgo gritando “ti amo!”
E você, chorando, escuta “ciao!”.


(mas de quem é a culpa?)

pequeníssima crônica: 

Hoje, no ônibus, sentou-se ao meu lado um rapaz alto, de tênis-chuteiras, bermuda florida, camisa da seleção e boné apertaaaaado. No entanto, tinha descolorido os cabelos das pernas moreníssimas. Não entendi se queria ser o Ronaldinho ou a Daniela Cicareli.

Uma Ainda menor: 

Digam o que quiserem: a logomarca da Julio Bogoricin é pornográfica. Vai lá ver e diz que não.


quinta-feira, janeiro 27, 2005

zó zizuis izpulza uz demoniuz daz pezoaiz 

Então, temos essa menininha de blusa preta de alcinha, sentada um pouco à minha frente no ônibus. Ela tem uma expressão tão interessante que me dá vontade de pegar meu caderninho.
A melhor descrição que eu posso fazer depende da MTV e de um cara que é uma figura: Carlos Santana. Pense bem: ele tem cara de desenho, nunca fala, faz caretas engraçadas para indicar a idéia que está tentando passar com sua guitarra... Vai me dizer que o Santana não é de desenho animado?
Então, tem um clipe do Santana com a Michelle Branch, de uma música mongol que se chama Game of Love.
Bon, bon.
A coisa toda é que a cidade inteira começou a se pegar e se beijar. Mas a pobre da Michelle sobrou com o Santana, que está todo concentrado na sua guitarra, isso sim. Que, aliás, é linda, mas isso não vem ao caso. O importante é que a pobre da menina é a cantora do clipe, além de ter sobrado com o Santana, ou seja, ela passa o clipe todo fazendo só duas coisas: batucando lá e ré no seu violão mega-vagabundo-sem-ser-ao-menos-hype e passeando pela cidade, observando o mundo inteiro dando beijo na boca.
E o melhor de tudo é a cara da Michelle. Ela não está com aquela cara de dor de cotovelo que a maioria das mocinhas carentes faria. Ela está é dividida entre olhares blasés (¬¬) e uma cara de “oh get me away from here i´m dying”. Lembram?
Pronto. Essa é a cara da menininha de blusa preta de alcinha.
E isso me vem com um cheiro de segundo grau tão forte... Não me culpem se eu de repente mega regredir e aparecer com uma blusa do Nirvana.


P.S.:Aliás, por falar de música e banda, temos show do nosso querido Filé com Fritas no domingo. Eles vão até tocar “só jesus expulsa os demônios das pessoas”.
Yay! Numa numa yay!

domingo, janeiro 23, 2005

Íamos eu e ele descendo a rua, abraçados.
Eu, cento e oitenta graus de presas e garras,
Ele, um e setenta e tantos de ferrão e veneno.
E dava 365, fácil, fácil.

Ele se vira para mim, no meio de uma estrofe, e pergunta: “Você tem uma sensação de que as pessoas não estão entendendo exatamente o que você está falando?”
E eu aham. “Mas me recuso a simplificar meus códigos”.
E ele começa a comparar a gente com um quebra-cabeça,
Mas eu acho que somos uma matruska.

E qual a diferença entre a gente e o Syd Barret?
Se você entendeu, vai perguntar “qual Syd Barret?”
Quero dizer, se faço uma lobotomia, se mato alguém, ainda vou ter o mesmo nome.
Se eu fujo pra Honolulu e mudo meu nome, ainda serei eu.
Ou não?
Se trocar de rosto e de nome você me reconheceria?

Por que nome você me chamaria
Se eu fizesse uma lobotomia?

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Sonho do Marcelo 

(publicado com autorização expressa do autor para esse sitio. Todos os direitos reservados. Qualquer semelhança com pessoas ou eventos reais é mera coincidência)

Marcello, Juana e Nathália estão andando por um imenso píer. Está muitíssimo escuro, além de estar caindo um toró, de forma que eles têm que se guiar pelo frágil fiapo de luz da lanterna. Os três caminham curvados e encasacados. O barulho do mar e da chuva é rítmico, padronizado, cinza.
De repente aparece Rennatta, que vem correndo em sua direção, feliz por tê-los finalmente encontrado. Nisso, sabe-se lá seu deus por que razão, ela escorrega e cai no mar.
Juana imediatamente se arremessa mar bravio adentro, sem hesitar nem ponderar as conseqüências de haver agora duas menininhas lá embaixo.
Marcello, como é bem de seu feitio, pula atrás para ajudar a resolver o mafuá que se armou em coisa de segundos.
Nathália, por sua vez, não faz absolutamente nada. Fica lá em cima, provavelmente ainda dando pitaco “puxa ela mais pra cá”, “olha, cuidado com aquele tubarão ali, ó, do lado da lula gigante assassina da Indonésia!”.
Puxam a pobre Rennatta pra cima do píer.
And this is the End, my only friend.
(?!)

Numa numa iei pra vcs.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Mini Obs 

Nada como GG com Rê e Julia.
Repitamos.
Sempre.
P.s.:Numa, numa iei!

quarta-feira, janeiro 12, 2005

medida de segurança 

Vc entra no ônibus e aqueles caras sunga-branca-com-açaí. Vc vai andando pela rua do fórum com sua pasta-sem-dentes e em volta aqueles pingüins de rabo de faisão, de fraque-cartola-monóculo, cacarejando “post hoc, ergo propter hoc!”. Teclados com cheiro de sangue, de ferro, de fogo. Filmes franceses, e pronto: vc cantando “Parrííí!”, no elevador. Seu coração brigando com a sua imagem, fotógrafos tirando fotos de cada um dos seus defeitos, ampliados, colorizados, em quadros explicativos da Super Interessante. Vc abre seu e-mail e aquele sentimento 404 sempre te acompanha, o dia todo. A xícara de café sempre acaba na melhor parte. Vc passa pelo departamento de marketing e sempre se acha fun-house-mirror. Hediondos copos de plástico e vc yoga. Insônia doentia, calor tropical e pensamentos-cavalos-sem-sela. Uma voz algodão-e-lavanda no telefone, você tem um momento sorriso-de-dedinhos-de-bebê. Uma mensagem-colete-salva-vidas no celular e vc (suspiro) teria que chorar tanto para esvaziar o barco que até desanima...

segunda-feira, janeiro 10, 2005

“Planet Earth is blue and there’s nothing you can do.” 

You are in your car and the car is empty.

You eat your meal when people do.
You come, you leave, never you.
Are you prone to bouts of anger?

Elusive thoughts are frequent? Not enough.
You don’t remember people’s names,
Although they sometimes remember yours.

Your phone rings, no rings on you.
You have a band? No bands on you.
Something old, something not so new.

Your acts are precise, efficient,time in due.
Nothing reflects exactly from or to you.
Time passes by, within, over and through.

Bring your paper, your pen and rage.
Battery hens, veels and rats in a cage.
Despite what Billy said, still in a haze.

sexta-feira, janeiro 07, 2005

Gente, blog também é cultura. 

Estou me achando mega normal, depois de ler isso aqui.

ACAROFOBIA: - Medo mórbido de contrair a sarna ou da infestação da pele com pequenos organismos rastejantes.
ACROFOBIA: - Medo mórbido de lugares muito alto.
AEROFOBIA: - Estado mórbido caracterizado pelo horror ao ar. (onde fica essa pessoa, então?)
AGORAFOBIA: - Medo mórbido e angustiante de lugares públicos e grandes espaços descobertos.
AILUROFOBIA: - Medo mórbido de gatos.
ALGOFOBIA: - Terror mórbido de sensação dolorosa.
ALIADOFOBIA: - Aversão às nações aliadas da primeira e segunda Guerra Mundial. (aliados da primeira E segunda! )
AMAXOFOBIA: - Medo, pavor doentio diante de veículos de transporte.
ANDROFOBIA: - Aversão, horror ao sexo masculino.
ANGLOFOBIA: - Aversão pelos Ingleses e as coisas inglesas. (também chamado de "francês")
ANTROPOFOBIA: Horror aos homens, a sociedade humana, medo de aglomerações de homens.
ASTROFOBIA: - Medo dos astros ou de outros componentes do espaço sideral.
BACILOFOBIA: - Medo mórbido de bacilos.
BASIOFOBIA: - Medo mórbido de cair ao caminhar.
BASOFOBIA: - Medo mórbido de ser incapaz de andar.
BIOFOBIA: - Medo mórbido à existência ou a vida em sociedade.
CACOFONOFOBIA: - Aversão às cacofonias.
CANCEROFOBIA: - Medo mórbido e injustificado de estar sofrendo de câncer. (minha avó)
CARDIOFOBIA: - Excessivo pavor às doenças do coração. (minha avó)
CATISOFOBIA: - Psicose caracterizada pelo medo mórbido de sentar-se.
CERAUNOFOBIA: - Medo mórbido de raios e faíscas elétricas.
CINOFOBIA: - Medo mórbido dos cães.
CIPRIDOFOBIA: - Medo mórbido de contrair doenças venéreas. (Dennis)
CIPRIFOBIA: - O mesmo que CIPRIDOFOBIA.
CLAUSTROFOBIA: - Medo mórbido de clausura, lugares fechados ou pequenos espaços.
CLEPTOFOBIA: - Medo mórbido de roubar, de não pagar dívidas ou pagar com dinheiro falso.
COPROFOBIA: - Repugnância anormal à defecação e as fezes.
CREMNOFOBIA: - Medo mórbido de precipício.
CRISTALOFOBIA: - Medo mórbido de objetos de cristal, vidro ou seus fragmentos. (aaah! um COPO!!!)
CROMOFOBIA: - Aversão mórbida as cores. (ahn??? como assien?)
DEMONOFOBIA: - Medo mórbido aos demônios.
DENDROFOBIA: - Que tem aversão às árvores, arbustos e ramos. (Natália. A não ser na pizza.)
DEXTROFOBIA:- Medo dos objetos colocados à direita de pessoas.
ECLESIOFOBIA: - Medo das igrejas. (SOU EU!!! ACHEI!!!)
ELEUTEROFOBIA: - Que tem horror à liberdade. (Oh! não! alguém me amordace, por favooor!)
ELUROFOBIA: - Medo mórbido aos gatos.
EMETOFOBIA: - Medo doentio de vomitar.
EREUTOFOBIA: - Pavor obsessivo de ruborizar-se (corar) em público.
ERGASIOFOBIA: - Que tem aversão ou horror ao trabalho. (Dennis)
ERGOFOBIA: - O mesmo que ERGASIOFOBIA.
ERITROFOBIA: - Aversão ou horror a cor vermelha.
ERETOFOBIA: - Aversão ou medo mórbido ao ato sexual. (gente, eretofobia!)
FOBOFOBIA: - Medo mórbido de seus próprios medos. (aaa! estou com medo! Tipo aquele ex presidente americano)
FONOFOBIA: - Medo doentio da própria voz, de falar em voz alta e dos sons. (Rabiba)
FOTOFOBIA: - Horror à luz, sintoma próprio de certas afecções nervosas.
FRANCOFOBIA: Aversão à França e aos franceses. (Ingleses)
GALEOFOBIA: - O mesmo que ELUROFOBIA.
GATOFOBIA: - O mesmo que ELUROFOBIA e GALEOFOBIA.
GEFIROFOBIA: - Medo mórbido de atravessar pontes ou viadutos.
GERMANOFOBIA: - Aversão ou horror a Alemanha e aos alemães (er... todo mundo?)
GIMNOFOBIA: - Aversão ou horror a nudez.
GINECOFOBIA: Aversão às mulheres, medo mórbido e infundado do sexo feminino.
GINOFOBIA: - O mesmo que GINECOFOBIA.
HAFEFOBIA: - Medo mórbido de ser tocado. (Dennis)
HELIOFOBIA: - O mesmo que FOTOFOBIA.
HEMATOFOBIA: - Aversão ou horror a sangue. Preconceito contra a sangria. (que preconceito!)
HEMOFOBIA: - O mesmo que HEMATOFOBIA.
HIDROFOBIA: - Horror a água ou quaisquer líquidos. (??? O cara só come farinha????)
HIGROFOBIA: - O mesmo que HIDROFOBIA.
HIPNOFOBIA: - Medo de dormir. Horror ou medo durante o sono.
IODOFOBIA: - Horror aos medicamentos a base de iodo. (???)
IOFOBIA: - Receio mórbido aos venenos.
LALOFOBIA: - Medo mórbido de falar às vezes associado à gagueira.
MELISSOFOBIA: - Medo mórbido das abelhas.
MELOFOBIA: - Que tem aversão ou horror a música. (kelllly keyyyy!!!)
METALOFOBIA: - Aversão mórbida a tocar em metais. (???)
MICROFOBIA: - Medo dos objetos pequenos. Horror aos micróbios.
MILITOFOBIA: - Aversão à vida ou estado militar. Horror aos militares. (SOU EU DE NOVO!)
MIRMECOFOBIA: - Aversão as formigas.
MISOFOBIA: - Medo mórbido de contato com pessoas, por receio de contaminação.
MONOFOBIA: - Horror mórbido à solidão.
NECROFOBIA: - Aversão a cadáveres. Medo mórbido da morte.
NEGROFOBIA: - Aversão ou ódio aos negros. (minha avó)
NEOFOBIA: - Aversão às novidades, a tudo que é novo e moderno. (minha avó)
NICTOFOBIA: - Medo mórbido da noite, da escuridão.
NOCTIFOBIA: - O mesmo que NICTOFOBIA.
NOSOFOBIA: - Medo de adoecer que leva a pessoa a tratar-se de doença que não tem. (minha avó)
OCLOFOBIA: - Aversão ou horror a plebe ou multidão. (Natália)
PANTOFOBIA: - Medo mórbido de tudo. Fobia completa. (Esse é o mais fudido!)
PARASITOFOBIA: - Medo mórbido de parasito e das doenças cutâneas que eles produzem.
PATOFOBIA: - Medo ou receio mórbido de contrair qualquer doença.
PEDOFOBIA: - Aversão ou horror as crianças. (Dennis)
PIROFOBIA: - Medo ou horror mórbido ao fogo.
POTAMOFOBIA: - Medo ou horror mórbido aos rios.
PSEUDOFOBIA: - Medo mórbido de algo que não causa dor nem molesta, mas desgosta. (????)
PSICROFOBIA: - Medo mórbido ao frio.
QUIMOFOBIA: - Horror ou medo mórbido as tempestades.
SITIOFOBIA: - Aversão mórbida a qualquer alimento.
SITOFOBIA: - O mesmo que SITIOFOBIA.
TAFOFOBIA: - Medo mórbido que ser enterrado vivo.
TALASSOFOBIA: - Medo mórbido do mar. (piu?)
TANATOFOBIA: - Horror mórbido a morte e que é sintoma de hipocondria.
TOPOFOBIA: - Medo mórbido de lugares montanhosos.
TOXICOFOBIA: - Medo mórbido aos tóxicos ou venenos.
TOXOFOBIA: - O mesmo que TOXICOFOBIA.
UIOFOBIA: - Aversão aos próprios filhos. (mamãe!!! caraca! tadinha!)
XENOFOBIA: - Aversão às coisas e pessoas estrangeiras. (God Bless America)
ZOOFOBIA: - Medo mórbido dos animais.



quarta-feira, janeiro 05, 2005

Red Shot 

Just shoot me in the head, no more shallow cuts!
I don’t want time to heal - as if heal I really must!
Press the razor deeper and have mercy of my heart,
I can’t stand surviving the loss of yet another part!

Yes, I am arrogant, but yet broken, on the floor!
I am proud, but I can’t hide my flaws, no more!
What’s the use of these mine medals and titles?
What, if lost has always been the original battle?

Here, no choice to me is left: no more good-byes.
Come towards me, look at me: we see eye to eye!
Place you spear where it belongs, then let me die.

I have chosen: I crave the void, I insist in man-kind!
Look at me, into yhese eyes, even when I look blind!
Good finger, your home is this trigger: stop and rewind.

sábado, janeiro 01, 2005

1979 (ou 2005...) - Smashing Pumpkins 

shakedown 1979, cool kids never have the time
on a live wire right up off the street
you and i should meet

junebug skipping like a stone
with the headlights pointed at the dawn
we were sure we'd never see an end to it all

and we don't even care to shake these zipper blues
and we don't know
just where our bones will rest
to dust i guess
forgotten and absorbed into the earth below

double cross the vacant and the bored
they're not sure just what we have in store
morphine city slippin dues down to see

that we don't even care as restless as we are
we feel the pull in the land of a thousand guilts
and poured cement, lamented and assured
to the lights and towns below

faster than the speed of sound
faster than we thought we'd go,
beneath the sound of hope

justine never knew the rules,
hung down with the freaks and ghouls
no apologies ever need be made, i know you better than you fake it

to see that we don't care to shake these zipper blues
and we don't know just where our bones will rest
to dust i guess
forgotten and absorbed into the earth below

the street heats the urgency of sound
as you can see there's no one around

Bandages on my legs and my arms from you!!! 


Um ano bacana, no fim das contas. Três períodos espremidos em um ano para acertar a greve, que não acertou umas três décadas de falta de recursos e de vontade política.

Trabalho, salário, uma sela com pelego relativamente macio. Eu devia agradecer por ser um Thoroughbread, no fim das contas.

Mesmas brigas de sempre com uma mãe dominadora e meio carente, mesma insatisfação de sempre com a minha impotência e incompetência para mudar o que me incomoda. (tipo, quase tudo)

Mas teve meus queridos Gustavo e Marcelo, com quem eu sempre posso ser estúpida, chata, boba e mal humorada, como eu sei que sempre sou, porque eles sempre têm a palavra certa, seja "vai se foder!" ou "quer conversar?".

Teve Renatinha e Natália, uma de cada lado, as duas do meu lado.

Teve Dennis, pra variar, um insuportável arrogante, mas que eu amo, fazer o quê.

Teve Herr Peter e Cia., tutoriando minhas aventuras por Berlin e Stalingrado.

Teve Dona Asch, também, minha mais nova amiga, passando tsunamicamente e derrubando tudo no seu caminho, cada hora olhando pra um lugar diferente, toda hora falando de dez assuntos diferentes, desenhando comigo em guardanapos e nas palmas das mãos.

Ontem, teve o encontro de toda a boa vontade do mundo, ao menos pretensamente, na praia de Copacabana. Claro que o Dennis tinha que ficar overdrunk e cair na frente do ônibus, sair correndo e se perder de todo mundo, chegar na casa da Juli todo encharcado, semi-afogado, descalço e de celular pifado. Claro que o Cro e a Julinha tinham que pular delicadamente em cima mim, deixando um singelo mega hematoma no meu quadril. Claro que a Natália e eu tínhamos que sair pela praia gritando "Shanah Tová!" para todo mundo. Claro que eu ia passar o dia (pra variar) brigada com a minha mãe e só fazer as pazes com ela às onze e meia. Claro que eu sempre tirava uns minutinhos da ultra mega festança para ficar na janela, sozinhando um pouquinho e com saudade de uma certa amiga viajante. Claro que a progesterona ia cortar meu efeito alcoólico e eu ia ficar tomando conta de bebuns de passo incerto. Claro que tinha que ter um sujeito esquisito que ficava o tempo todo pedindo desculpas a todo mundo, declarando a perfeição das minhas sobrancelhas (e das da Ciçilha também – mas ele ficava passando o dedo só nas minhas mesmo) e claro que esse traste era amigo do Dennis, do francês. Claro que a música que tocava na praia era a pior possível, mas também é claro que eu era a única a me importar com isso, devido á já citada progesterona. Claro que tivemos uma lindíssima palestra madrugadal da Ciça acerca da necessidade de assumirmos certos riscos, erga omnes ás vezes, com a qual eu descordo em 90%, aproximadamente, com todo o respeito. Claro que a gente tinha que seguir a procissão de hare krishnas, a mais animada da virada, ainda que eu estivesse tão morta que só tenha conseguido acompanhar sentada no meio fio, acenando aos meus amigos mais resistentes.

Mas foi um dia bacana, com pessoas mais esclarecidas que a geração anterior, o que já me alegra no atual andar da carruagem.

Um 2005 bacana para vocês, pessoas muito pacientes, muito generosas ou muito desocupadas que lêem essa merda que eu escrevo.

Anexo I: minhas resoluções de ano novo

1) arranjar um baterista para terminar as músicas da banda, enfim;

2) estudar/ler mais sobre budismo – que estou readorando;

3) comprar um "ordenador" novo, para tentar me ordenar melhor;

4) trocar meu fichário por cadernos;

5) fazer yoga ou alguma atividade física-mas-não-só-física do gênero;


This page is powered by Blogger. Isn't yours?