quarta-feira, junho 29, 2005
NaCl
Eu sinto saudade quando eu abro a porta e aperto o botão do elevador.
Eu sinto saudade quando estou te abraçando apertado e penso: um dia vai acabar.
Vai. Acabar. Ai, não, que medo.
Hoje não. Mas vai.
(Pedrinha de sal por dentro da carne.)
Eu sinto saudade quando eu saio na rua e sempre tem alguma coisa que me lembra vc.
Eu sinto saudade quando penso em tudo o que eu teria perdido se fosse só um tiquinho mais teimosa.
Um tiquinho ridículo. Tão ridículo que dá medo.
Eu sinto saudade quando vejo Jornal Nacional. E quando não vejo.
Sinto saudade quando fico morrendo pra dizer uma piada que só vc ia entender. Então fico calada.
Sinto saudade quando eu tenho que trancar todas as portas de mim e queria que vc estivesse lá dentro.
Sinto saudade quando acordo e não é sexta feira.
Sinto saudade quando estou indo te ver. Só de saber que vai acabar, eu já sinto saudade.
Ô coisa mais estúpida essa saudade. O pior é que eu sei.
Mas tem lá no fundo um gostinho bom. Lá no fundo, a dor é boa.
É dor bonita, é daquela dor que encosta no bom. É a mordida da serpente.
(tá vendo, só vc entendeu a mordida da serpente)
Se palavras fossem burros, pra carregar meus sentimentos eu precisava era de um transatlântico.
Eu sinto saudade quando estou te abraçando apertado e penso: um dia vai acabar.
Vai. Acabar. Ai, não, que medo.
Hoje não. Mas vai.
(Pedrinha de sal por dentro da carne.)
Eu sinto saudade quando eu saio na rua e sempre tem alguma coisa que me lembra vc.
Eu sinto saudade quando penso em tudo o que eu teria perdido se fosse só um tiquinho mais teimosa.
Um tiquinho ridículo. Tão ridículo que dá medo.
Eu sinto saudade quando vejo Jornal Nacional. E quando não vejo.
Sinto saudade quando fico morrendo pra dizer uma piada que só vc ia entender. Então fico calada.
Sinto saudade quando eu tenho que trancar todas as portas de mim e queria que vc estivesse lá dentro.
Sinto saudade quando acordo e não é sexta feira.
Sinto saudade quando estou indo te ver. Só de saber que vai acabar, eu já sinto saudade.
Ô coisa mais estúpida essa saudade. O pior é que eu sei.
Mas tem lá no fundo um gostinho bom. Lá no fundo, a dor é boa.
É dor bonita, é daquela dor que encosta no bom. É a mordida da serpente.
(tá vendo, só vc entendeu a mordida da serpente)
Se palavras fossem burros, pra carregar meus sentimentos eu precisava era de um transatlântico.
sexta-feira, junho 24, 2005
Pó de vidro no ar
Vem um homem e brinca com todas as minhas esperanças. Derruba meu ceticismo, reacende minha inocência, alimenta meus sonhos.
Enfia o dedo na minha ferida, faz presente toda a minha dor passada e mal passada, me pega pelo calcanhar e eu me chamo “Aquiles”.
Vem um homem e eu acho que ele sabe das minhas noites chorando uma dor que, paradoxo, nunca esteve em mim. Eu descubro que ainda quero acreditar que existe um remédio, por mais que não queira mais acreditar.
Vem um homem e me faz ver que quero acreditar numa cura para essa minha doença crônica que me faz antena parabólica de tudo quanto é tristeza.
Vem um homem e fala a língua do meu coração. Eu olho para ele e me sinto novamente menininha apaixonada pelo professor. E olha que eu nem acredito mais em amor além da miopia.
Vem um homem, diz tudo o que eu sempre quis ouvir e que tinha deixado de acreditar possível.
Aí, eu voto nele.
Merda.
Enfia o dedo na minha ferida, faz presente toda a minha dor passada e mal passada, me pega pelo calcanhar e eu me chamo “Aquiles”.
Vem um homem e eu acho que ele sabe das minhas noites chorando uma dor que, paradoxo, nunca esteve em mim. Eu descubro que ainda quero acreditar que existe um remédio, por mais que não queira mais acreditar.
Vem um homem e me faz ver que quero acreditar numa cura para essa minha doença crônica que me faz antena parabólica de tudo quanto é tristeza.
Vem um homem e fala a língua do meu coração. Eu olho para ele e me sinto novamente menininha apaixonada pelo professor. E olha que eu nem acredito mais em amor além da miopia.
Vem um homem, diz tudo o que eu sempre quis ouvir e que tinha deixado de acreditar possível.
Aí, eu voto nele.
Merda.
terça-feira, junho 21, 2005
Ich brauche Hektic, sonst geht nichts
Test tomorrow. Difficult. Easy. Can’tell.
Just never chalenging.
Today is Sunday. People stop.
Not me. Knot me.
Words are too big.
Words are too damn small.
Lying in my bed.
My eyes move from sight to sight.
Sight-seeing inside your bedroom.
My? Mine? Mean? Meaning?
Not so sure. Something.
Nothing stays. Absolutely nothing.
Nothing is even fluid.
Nothing stays.
Things are pulses. Me, battery.
If a camera captures distortion, do we call it … what?
Creative?
I move. I see I am moving. But no. I am lying.
Lying. Lying. Same word.
Not same world.
My hands go around. I feel their heat.
I feel them when they arrive.
I feel things reaching me.
Just for a moment.
Not true I don’t feel anything.
I feel my hands, when they come.
I feel them when they arrive.
Not important if eyes closed.
Staring at the blue pen. Beside my head.
Besides my head, blue.
Pen. Pane. Pain. Pawn.
For two cuckoos I stare.
At the blue.
Movies. Short. Fast forward.
They just don’t stop. They don’t.
They don't stop.
They don't stop.
Can’t control focus. It goes. Away.
Every question is utterly ridiculous.
Every answer is false. Cynical.
Test. Tomorrow. Be tested.
Must. Give. Them. Answers.
Answers they like. But.
Lost capability to care.
Can’t stand up. Uncomfortable.
But can’t get up.
Haven’t slept a bit.
Have dreamt too long.
Can’t manage codes any more.
Hope you can understand.
I can’t.
I under stand. It all.
Cannot respond to stimulus.
Hear nothing.
Too.Much.Noise.
Things pass through.
Concepts. No. Not. Nein. Rien.
Body is not accepting mind.
Transplant. Must. Dust.
Don’t feel anything until they reach.
My skin is gate. Out.
I think of books. Truths.
It looks true, so I don’t believe it.
This blue book hurts. Shelf.
I am aching. Back.
I feel my body aching. I’m coming back.
My eyes sting. I’m coming back.
My lefty arm, beneath me too long. I’m coming back.
I’m drenched in sweat. Maybe fever. I’m coming back.
I think of a real person. I’m coming back.
Too much. I cry. For some time now. I’m coming back.
I look at my watch. Fünf nach sieben.
I’m back.
Defeat. I’m back.
I fall. Asleep.
Just never chalenging.
Today is Sunday. People stop.
Not me. Knot me.
Words are too big.
Words are too damn small.
Lying in my bed.
My eyes move from sight to sight.
Sight-seeing inside your bedroom.
My? Mine? Mean? Meaning?
Not so sure. Something.
Nothing stays. Absolutely nothing.
Nothing is even fluid.
Nothing stays.
Things are pulses. Me, battery.
If a camera captures distortion, do we call it … what?
Creative?
I move. I see I am moving. But no. I am lying.
Lying. Lying. Same word.
Not same world.
My hands go around. I feel their heat.
I feel them when they arrive.
I feel things reaching me.
Just for a moment.
Not true I don’t feel anything.
I feel my hands, when they come.
I feel them when they arrive.
Not important if eyes closed.
Staring at the blue pen. Beside my head.
Besides my head, blue.
Pen. Pane. Pain. Pawn.
For two cuckoos I stare.
At the blue.
Movies. Short. Fast forward.
They just don’t stop. They don’t.
They don't stop.
They don't stop.
Can’t control focus. It goes. Away.
Every question is utterly ridiculous.
Every answer is false. Cynical.
Test. Tomorrow. Be tested.
Must. Give. Them. Answers.
Answers they like. But.
Lost capability to care.
Can’t stand up. Uncomfortable.
But can’t get up.
Haven’t slept a bit.
Have dreamt too long.
Can’t manage codes any more.
Hope you can understand.
I can’t.
I under stand. It all.
Cannot respond to stimulus.
Hear nothing.
Too.Much.Noise.
Things pass through.
Concepts. No. Not. Nein. Rien.
Body is not accepting mind.
Transplant. Must. Dust.
Don’t feel anything until they reach.
My skin is gate. Out.
I think of books. Truths.
It looks true, so I don’t believe it.
This blue book hurts. Shelf.
I am aching. Back.
I feel my body aching. I’m coming back.
My eyes sting. I’m coming back.
My lefty arm, beneath me too long. I’m coming back.
I’m drenched in sweat. Maybe fever. I’m coming back.
I think of a real person. I’m coming back.
Too much. I cry. For some time now. I’m coming back.
I look at my watch. Fünf nach sieben.
I’m back.
Defeat. I’m back.
I fall. Asleep.
sexta-feira, junho 17, 2005
Supremas Súmulas Universais e Eternas
Recebidas por estagiários de direito num feriado jurídico chamado Shavuot:
1)O pior é inexorável e invencível. O Pior não tem limites.
2)Num debate com pessoas descontroladas, hierarquicamente superiores ou armadas, responda sempre com: "sim", se vc concorda e "tá", se vc discorda.
3)Nunca fale a verdade para pessoas que nasceram antes de 1980.
4)Toda regra tem exceção, menos esta.
5)O tempo passa, tudo muda, mas necessariamente muito mais lentamente do que o humanamente suportável.
6)Quando vc quiser terminar algum debate desimportante e/ou desinteressante, use o seguinte sofisma: "tem gente que come cocô"
7)Toda camisa social masculina tem que ter um bichinho bordado, ou iniciais.
8)Só existe um sinal claro e infalível de estupidez patológica irreversível: otimismo.
9)As três grandes mentiras modernas eram: dinheiro não traz felicidade; amor verdadeiro suporta qualquer coisa; amor, juro que é só a cabecinha. As três grandes mentiras judaico-cristãs-ocidentais são: deus, gênero e monogamia. As três grandes mentiras pós-modernas são: a internet vai aproximar as pessoas; entre duendes e fadas, a terra encantada espera por nós; a Monsanto e o Fome Zero estão trabalhando para erradicar a fome. (notem a escolha pstu de sujeitos não-sujeitos)
10)nada dá certo. as coisas só dão certo para que outras coisas possam dar errado.
11)se vc ficar com uma coisa mto tempo na mão e não sabe o que fazeeeer... aí vc tem que colocar na boca.
1)O pior é inexorável e invencível. O Pior não tem limites.
2)Num debate com pessoas descontroladas, hierarquicamente superiores ou armadas, responda sempre com: "sim", se vc concorda e "tá", se vc discorda.
3)Nunca fale a verdade para pessoas que nasceram antes de 1980.
4)Toda regra tem exceção, menos esta.
5)O tempo passa, tudo muda, mas necessariamente muito mais lentamente do que o humanamente suportável.
6)Quando vc quiser terminar algum debate desimportante e/ou desinteressante, use o seguinte sofisma: "tem gente que come cocô"
7)Toda camisa social masculina tem que ter um bichinho bordado, ou iniciais.
8)Só existe um sinal claro e infalível de estupidez patológica irreversível: otimismo.
9)As três grandes mentiras modernas eram: dinheiro não traz felicidade; amor verdadeiro suporta qualquer coisa; amor, juro que é só a cabecinha. As três grandes mentiras judaico-cristãs-ocidentais são: deus, gênero e monogamia. As três grandes mentiras pós-modernas são: a internet vai aproximar as pessoas; entre duendes e fadas, a terra encantada espera por nós; a Monsanto e o Fome Zero estão trabalhando para erradicar a fome. (notem a escolha pstu de sujeitos não-sujeitos)
10)nada dá certo. as coisas só dão certo para que outras coisas possam dar errado.
11)se vc ficar com uma coisa mto tempo na mão e não sabe o que fazeeeer... aí vc tem que colocar na boca.
quinta-feira, junho 16, 2005
Your heaven collapses
And there's nothing in it
Then you ask yourself:
Where is my mind?
And there's nothing in it
Then you ask yourself:
Where is my mind?
terça-feira, junho 14, 2005
Aos Alicerces Do Meu Encanto (HA HA HA) Pela Vida
Esse é um daqueles textos que a gente tenta escrever meio que como carta de agradecimento e, por isso mesmo, são piegas. Piegas porque é difícil manter algum estilo enquanto estamos de joelhos, mãos postas que nem coroinha verdinho, agradecendo a essa entidade suprema e incorpórea que a gente inventa para simbolizar todos os nossos alicerces.
Então, cá estou eu, de joelhos, mãozinhas postas e cabeça baixa, muito pia, mais pia que na Leroy Merlin (não resisti). Aquele momento em que a gente aceita a pequeneza de si e das coisas que a gente queria que fossem grandes.
“What if submiting is the best feeling you can have?” _The Believer (isso é um filme, não é um líder carismático)
“Duty! Sublime and mighty name, that embraces nothing charming or insinuating but requires submission.” _ KANT, Immanuel. Critique of Practical Reason.
Só para ilustrar submissão.
Eu queria mesmo era dizer obrigada a todas as pessoas que me dão suporte e me alimentam, mesmo que não saibam disso. Meu momento “Confissões de uma Bromélia”.
Não vou me alongar, sou signatária do Projeto de Lei “Ato do resumo obrigatório das breguices”.
Fada Verde, meu obrigada, mais que a qualquer outra pessoa, é pra ti. Obrigada por ouvir e por me mandar calar a boca. Por me ligar e por me deixar sozinha. Por me lembrar que eu sou-já-fui botafoguense (?!). Por me comprar ingressos para a estréia do Batman sem perguntar se eu quero, já eu não ando querendo mesmo nada. Por trocar de turno para se formar comigo. Por passar uma hora no telefone com uma pessoa Schiavamente moribunda e zumbítica, tendo a paciência de um franciscano. Fada-Sem-Lâmpada, brigada por tudo o que eu não mereço nem nunca vou merecer.
Então, cá estou eu, de joelhos, mãozinhas postas e cabeça baixa, muito pia, mais pia que na Leroy Merlin (não resisti). Aquele momento em que a gente aceita a pequeneza de si e das coisas que a gente queria que fossem grandes.
“What if submiting is the best feeling you can have?” _The Believer (isso é um filme, não é um líder carismático)
“Duty! Sublime and mighty name, that embraces nothing charming or insinuating but requires submission.” _ KANT, Immanuel. Critique of Practical Reason.
Só para ilustrar submissão.
Eu queria mesmo era dizer obrigada a todas as pessoas que me dão suporte e me alimentam, mesmo que não saibam disso. Meu momento “Confissões de uma Bromélia”.
Não vou me alongar, sou signatária do Projeto de Lei “Ato do resumo obrigatório das breguices”.
Fada Verde, meu obrigada, mais que a qualquer outra pessoa, é pra ti. Obrigada por ouvir e por me mandar calar a boca. Por me ligar e por me deixar sozinha. Por me lembrar que eu sou-já-fui botafoguense (?!). Por me comprar ingressos para a estréia do Batman sem perguntar se eu quero, já eu não ando querendo mesmo nada. Por trocar de turno para se formar comigo. Por passar uma hora no telefone com uma pessoa Schiavamente moribunda e zumbítica, tendo a paciência de um franciscano. Fada-Sem-Lâmpada, brigada por tudo o que eu não mereço nem nunca vou merecer.
quinta-feira, junho 09, 2005
Doubt
That word right between "do it" and "don't".
quarta-feira, junho 08, 2005
To Every Single Person Out There (And Married, Divorced, Separated, Widowed, Celibatary or Greek too), From A Friend.
Do I really want this I believe I do?
Will I do it because I believe it, or do I believe it because I´ll do it?
Something is lacking, just as sure as something is leaking.
Drop
By
Drop
By
Drop.
Colour faints, slowly dripping from the untouched ink.
Who took the colours away?
Colours faint, just as fire burns out, explosion turns to inertia, beginnings grow into ends.
And people grow and change and die.
What is eternal but change?
Everything is different now, as if I had been sleeping for too long.
I look at you and can’t guess your thoughts any longer. You look at me and you can see the shame I had never felt in front of you before.
Will there be a time when we’ll feel like each other’s grown into someone else?
We used to end each other’s sentences. We now can’t seem to fully understand them.
You are here, beside me, in our very same favourite place. Except it’s not our favourite anymore, except in nostalgia blood level. It’s not the same place either. You and I are not the same people any more.
You don’t look at me in the eyes, but you say, somewhat distracted, looking at the corner of the ceiling, that you didn’t like that movie about going back into the past to try and fix things right.
I ask why – that part hasn’t changed a bit. You answer that it gave you the goosebumps, this idea of trying to get things right and they turn out worse than ever.
I smiled and you pretended not to notice.
I think of this world as if our four-dimensioned lives were concentric spheres. You are born as a dot, the very centre of the sphere. You make your very first choice and you move to a relative point in a bigger sphere that surrounds that point. Like an aspheric Matriuska. You now don’t have access to the points on the other side of the sphere, only to those within the range of your new location.
(Imagine how beautiful it’ll be when I can write this to you in German!)
Well, let’s see how can I translate this into your new language… Maybe I can’t, since I am not used to need language to share ideas with you.
Fact one: We first met in a specific place, under specific circumstances. If I had not chosen to be in that weird room, if I hadn't taken a copy of that specific book to read, if you had not entered that very room at precisely that very time, if you hadn’t spoken to me - actually, maybe if you hadn’t made THAT question and I hadn’t given THAT answer…
I wouldn’t be me, as I am now. Maybe you wouldn’t be this who you are today. But I’m not quite sure about the latter. You never cease to amaze me, anyway.
Fact Two: My actual boss was formerly my teacher. If I had only clicked on some other guy’s class while preparing this period’s schedule on the internet, I wouldn’t have my job, access to a library that saves my life about twice a day and wouldn’t have met some of my best friends.
I guess what I am trying – and probably failing disastrous - to say is that it’s not as if we are not doing it right now. You know, that very thing that terrified you.
And it’s not that terrifying right now. And shouldn’t be.
Big decisions could very well be choosing the colour of your suit today, couldn’t it?
(talvez aquela cantora estivesse particularmente certa em inverter controle-remoto em remoto controle.)
Will I do it because I believe it, or do I believe it because I´ll do it?
Something is lacking, just as sure as something is leaking.
Drop
By
Drop
By
Drop.
Colour faints, slowly dripping from the untouched ink.
Who took the colours away?
Colours faint, just as fire burns out, explosion turns to inertia, beginnings grow into ends.
And people grow and change and die.
What is eternal but change?
Everything is different now, as if I had been sleeping for too long.
I look at you and can’t guess your thoughts any longer. You look at me and you can see the shame I had never felt in front of you before.
Will there be a time when we’ll feel like each other’s grown into someone else?
We used to end each other’s sentences. We now can’t seem to fully understand them.
You are here, beside me, in our very same favourite place. Except it’s not our favourite anymore, except in nostalgia blood level. It’s not the same place either. You and I are not the same people any more.
You don’t look at me in the eyes, but you say, somewhat distracted, looking at the corner of the ceiling, that you didn’t like that movie about going back into the past to try and fix things right.
I ask why – that part hasn’t changed a bit. You answer that it gave you the goosebumps, this idea of trying to get things right and they turn out worse than ever.
I smiled and you pretended not to notice.
I think of this world as if our four-dimensioned lives were concentric spheres. You are born as a dot, the very centre of the sphere. You make your very first choice and you move to a relative point in a bigger sphere that surrounds that point. Like an aspheric Matriuska. You now don’t have access to the points on the other side of the sphere, only to those within the range of your new location.
(Imagine how beautiful it’ll be when I can write this to you in German!)
Well, let’s see how can I translate this into your new language… Maybe I can’t, since I am not used to need language to share ideas with you.
Fact one: We first met in a specific place, under specific circumstances. If I had not chosen to be in that weird room, if I hadn't taken a copy of that specific book to read, if you had not entered that very room at precisely that very time, if you hadn’t spoken to me - actually, maybe if you hadn’t made THAT question and I hadn’t given THAT answer…
I wouldn’t be me, as I am now. Maybe you wouldn’t be this who you are today. But I’m not quite sure about the latter. You never cease to amaze me, anyway.
Fact Two: My actual boss was formerly my teacher. If I had only clicked on some other guy’s class while preparing this period’s schedule on the internet, I wouldn’t have my job, access to a library that saves my life about twice a day and wouldn’t have met some of my best friends.
I guess what I am trying – and probably failing disastrous - to say is that it’s not as if we are not doing it right now. You know, that very thing that terrified you.
And it’s not that terrifying right now. And shouldn’t be.
Big decisions could very well be choosing the colour of your suit today, couldn’t it?
(talvez aquela cantora estivesse particularmente certa em inverter controle-remoto em remoto controle.)
segunda-feira, junho 06, 2005
To Whom It May Concern
Genéte,
A poistázi será temporariamente suspensa por motivos de força maior: provas, volume avassalador de trabalho num prazo absolutamente digno do Rei Euristeu, problemas relacionamentais intra e extra familiares, a alta na taxa selic, leituras muito interessantes sobre o Shavuot que vem vindo, a umidade relativa do ar, a entrevista do Gerald Thomas com a Marília Gabriela e um livro do Neil Gaiman chorando de abandono na minha cabeceira.
Beijos a todos,
J.
p.s.: Bruno, criatura possuída: seu e-mail não funciona. E eu não tenho MSN mais. Aliás, nem computador. (E sim, eu uso conectivo aditivo enfático e informalizante depois de ponto final, NBA. E uso mermo.)
A poistázi será temporariamente suspensa por motivos de força maior: provas, volume avassalador de trabalho num prazo absolutamente digno do Rei Euristeu, problemas relacionamentais intra e extra familiares, a alta na taxa selic, leituras muito interessantes sobre o Shavuot que vem vindo, a umidade relativa do ar, a entrevista do Gerald Thomas com a Marília Gabriela e um livro do Neil Gaiman chorando de abandono na minha cabeceira.
Beijos a todos,
J.
p.s.: Bruno, criatura possuída: seu e-mail não funciona. E eu não tenho MSN mais. Aliás, nem computador. (E sim, eu uso conectivo aditivo enfático e informalizante depois de ponto final, NBA. E uso mermo.)
